Viagem | Amazônia 2024
Compartilhe
Deixa eu te contar uma coisa sobre mim, sobre a fotografia e sobre um amor incondicional.
No começo do ano, uma amiga me contou que estava organizando uma viagem missionária para a Amazônia. Mais precisamente, para uma comunidade ribeirinha chamada Vila do Cuia, as beiras do Rio Solimões.
Eu topei na mesma hora, estava muito animada para fazer parte disso e levar o evangelho por trabalhos variados, como escola bíblica para as crianças, pintura de casas e outras coisas mais.
Além disso, eu também queria conhecer a Amazônia. Esse era um sonho que surgiu ainda na pandemia e que parecia distante demais.
Ao longo dos primeiros meses desse ano, foram diversos altos e baixos, até que aceitei que eu não conseguiria viajar dessa vez.
Mas quando todos os meus planos se frustraram, Deus mostrou que Ele é quem detém todo o poder, o sim e o não. Ele fecha portas, mas ele também as abre, com o único motivo de manifestar a Sua glória e fazer o Seu amor chegar a todos os que creem.
Ele não precisava de mim e de nenhuma das pessoas que estavam comigo. Mas Ele escolheu nos usar, e isso é um privilégio.
Embarcamos em um grupo de 25 pessoas, totalmente desconhecidas umas as outras. E fomos em direção a essa vila distante, sem saber o que esperar.
A Amazônia é um lugar lindo, faltam palavras para descrever a beleza e a complexidade daquele lugar.
Assistir à criação em tantos detalhes transborda os olhos com tantas maravilhas e faz todas as emoções e a própria razão, renderem graças ao Criador.
Não existe acaso.
Na Vila do Cuia, fomos recebidos por cerca de 250 habitantes.
Pisar os pés naquele terra é a certeza de ser recebido por abraços calorosos de crianças que nunca te viram na vida, é ouvir histórias difíceis de mulheres que dia após dia buscam o melhor para suas famílias, é ver homens trabalhando de sol a sol em busca de sustento e jovens buscando uma forma de sonhar.
Mas ali naquela vila, eu vi os desconhecidos que viajaram comigo, se tornarem irmãos. Vi eles trabalhando para pintar com excelência, vi histórias de Bíblia sendo ensinadas as crianças, vi o plano de salvação ser levado de porta em porta, vi tratamentos médicos e odontológicos trazerem qualidade de vida, vi meninos reunidos para jogar bola enquanto ouviam sobre um amor que salva.
Vi meus amigos retornarem ao barco exaustos e suados (sério, o calor daquele lugar era surreal) e passarem horas cantando e conversando. A verdade é que apesar do cansaço, todos queriam prolongar aqueles momentos de comunhão.
Na Amazônia encontrei mais sorrisos e abraços do que eu sou capaz de me lembrar.
Passei 10 dias observando todas as pessoas ao meu redor e como tudo funcionava. Tentei registrar aqueles dias tão intensos e cheios de vida, pois queria compartilhar com todos a mensagem que pregamos e que um dia foi pregada a nós:
"A graça de Deus se derrama sobre a vida de seus filhos de graça. Dia após dia Ele manifesta Seu amor e às vezes Ele nos usa, pessoas improváveis que deixam de lado as comodidades de suas rotinas e atravessam o país para dizer - Cristo Salva."